As novas diretrizes do Banco Central para o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED) entraram em vigor no último domingo, 23 de novembro, e ampliam o rastreamento do dinheiro desviado em fraudes. A atualização permite que bancos rastreiem toda a cadeia de transferências e bloqueiem valores mesmo depois de múltiplos repasses para contas laranja, o que dificulta a ação dos golpistas.
O mecanismo antes limitava o bloqueio à primeira conta de destino, mas agora identifica o caminho completo do dinheiro. A adesão ainda não é obrigatória, porém a partir de 2 de fevereiro de 2026 todos os bancos devem implementar o novo rastreamento estendido. A expectativa aponta para aumento na recuperação de valores e redução da impunidade digital.
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Para o usuário, o processo permanece igual. A denúncia deve ocorrer rapidamente pelo aplicativo do banco, dentro da área do Pix. O MED continua destinado exclusivamente a fraudes, golpes ou crimes comprovados, sem aplicação em enganos de boa-fé ou desacordos comerciais. O BC exige que o acesso ao mecanismo esteja destacado e disponível sem interação humana imediata.
Em 2024, fraudes via Pix geraram prejuízo de R$ 4,9 bilhões, um aumento de 70% em relação ao ano anterior. O sistema completou cinco anos em novembro de 2025 e movimentou R$ 26,4 trilhões no ano passado, valor equivalente a quase duas vezes o PIB brasileiro.